quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Tainá

Ela ainda não aprendera
a andar na calçada
Andava descalça,
fazia do vento
sua mala-sem-alça
Saltava entre os pré-conceitos
daquela estranha
e socia-idade
Dormia nas entranhas
do existencialismo,
era mulher nascida
do sol da tarde
Poente
Mas tinha medo
Tanto medo!
de não ter medo
do medo
que há-sombra
tanta gente...
Não sabia de armas,
só de narizes
Única arma
que conhecera
era o Arco-
-íris
E quando as fortes chuvas
vinham
ela cor-ria
pros pingos
de cera
Quando sumiam as luas
brincava de ex-Conde-
ex-Conde
com os mais antigos
Marajás
Menina sab-ida,
será?
Ser-há?
Sem haicai
Sem mal-dizeres
A moça fazia
até insônia dormir!
Só não dormia.
Não importa o quanto
se ex-vai
Se ex-vai-ia
Se ex-vazia
Dentro de si,
não,
ela não dor-mia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário