Sinuca,
se nunca
a leva
pra jogar
Como saber
se os pêlos da nuca
vão eriçar
quando o passeio
pela pele
começar?
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
domingo, 26 de outubro de 2014
sábado, 25 de outubro de 2014
No varal
Queria me estender
no varal
Me ver secar
enquanto desenho
seu mapa astral
com as gotas
que escorrem
das minhas roupas
Imundas
Com a lembrança
que percorre
Com a saudade
que me inunda
O dificil já passou...
Aqueles giros
na máquina de lavar...
Andava e andava,
passava e passava
sem sair do lugar!
Parecia nunca
não passar...
E ficar de molho?
Que desgosto!
Me misturaram
com as roupas claras
Borraram a lembrança
do teu rosto...
Agora o vento me balança,
confesso
que peço
que me leve
"Eu sou leve!"
Mas ele se nega
"Releve!"
mas não se entrega
Deve ser esse prega-
dor
De madeira
"Quando o sol me acanhar,
tu me deixa?"
Mas ele ri!
"Tu és livre, de si,
parta quando quiser
partir
Está aqui porque quer"
Então umas gotas
voltam a cair
Ainda não sequei?
Esqueci de usar
amaciante...
E se não conseguir mais
amar ciente?
Vento ventania
me leve pra longe!
Onde eu ache as perguntas
essas perguntas
tão insistentes...
Desculpe, Seu prega-dor
não queria lhe desfazer
mas Tiê me contou,
uma vez,
que adeus também foi feito
pra se dizer...
E não, não foi um prazer!
Adeus, adeus
Estou indo com o vento,
como uma peça
de roupa
E a ti, que me vê no alto,
te peço
Não me poupa!
Se me achar, caído por aí
Tu não tenhas medo...
tenta me vestir
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Alô, alô!
Alô, alô Terráquios
Aqui quem fala é do espaço!
Tenho um recado
sem destinatário
com o nome de vocês!
Seu Gerundino quem mandou
disse que chega
depois das seis...
Aqui tudo está borrado,
acasos por todo lado
E é o que desejo pra vocês!
Estejam pré-
-parados
E se preparando!
Afinal, é o que somos...
esse eterno estar,
esse "estando",
fugindo desse atroz
Sempre nos tornando
um pouco mais de nós...
Alô, alô, Terráquios!
Tirem os pés do chão,
venham para o espaço!