Quando a faço rir
o sorriso se estica
E liga
Tua alma ao ser...
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Pó-de-lua
Os grilos, agora sussurrando consolo
Lamentam o sorriso natimorto,
vitima de aborto
A cigarra que vive na esquina
Tem em seu canto o ar de uma sina perdida
As estrelas acolhem-no com abraços passados
Memórias batem-lhe a porta, gritando pelos pais:
Acasos...
Diz-lhes que já se foram, perdidos por aí
Como resposta
arrombam-lhe a porta
"Estamos aqui!"
Então ele vê, sente
Sorri!
As aceita
Em seu rosto, um sorriso se espreita
"Nada foi em vão!"
Lhe dizem
"Ela fora teu verão..."
Aparece-lhe, toda ela alegoria
Lábios travessos
Olhos de outono
Musa vespertina
Desliza pelo quarto
Roça-lhe pele
Arranha-lhe o braço
Corpos se atraem
Luas lhe são cúmplices
Provas de esvaem
Suas bocas dançam
Ritmo lento
Acasos bem-vindos
Perguntas ao vento
Testas se tocam
Narizes se aprovam
Olhares se cruzam
Num nó
Num nós!
Se perpetuam...
Graceja, a ela, uma confissão
Como resposta, sorri-lhe, toda ela verão
Então afasta-se,
Arranha-lhe, levemente, uma vez mais
Numa dança de outono
Toda ela se desfaz...
Mas ainda está presente
Ele a sente!
Ele assente!
Levemente...
Risos baixos pegam-lhe de supetão
Volte sempre!
Traga-me risos!
Menina verão!