quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Valsa sem alça

Fechou os olhos,
sentindo a dança
de nariz
Os toques de giz...
Tudo é branco,
não há giz de será,
só de estar
E estamos...
Os lábios sobem
no ritmo da dança
e boca alcança...
Nem o tempo,
soube do tempo
mas não se cansa...
Dois lábios,
dois rios
Dos dois lados,
dois risos
Os dedos finos dela
passeavam
afinando as curvas
que as bochechas dele faziam
ao sorrir
Ele dedilhava-lhe
a cintura,
dando quentura
ao arrepios
que estariam
por vir...
num toque
num tic
num tac
Suas próprias preces,
sem pressas,
pediam por eles
"Que'ssa noite
não a-cabe"

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