sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Fogos de arte-ofício

As cenas voavam, corriam
em sua cabeça
No céu, cores riam,
iam e vinham...
Era dia de comemorar,
no velho Azul
Afinal, uma volta inteira
(Ou talvez meia?)
no Sol
não faz mais algum
A pólvora no ar
o lembrava das cinzas
que um dia foram claras
como neve
"Marvin, eu tentei tanto estar!"
mas se conteve...
Os fogos rugiam,
vorazes
As lembranças
não fugiam
Mas vinham,
sorrindo
queriam fazer as pazes
"Eu sei, eu sei, Marvin!
É tudo uma medição
de tempo
do tempo que a gente tem
O que importa não é quanto,
mas quem..."
Todos os outros planetas
olhavam para o Planeta Sonho
Todos os Sonhos
olhavam para os outros planetas
Era esperança que buscavam?
Ou a promessa de um falso "cometa"?
Ele não sabia dizer,
tão pouco sentir
Era uma dentre tantas
outras incertezas
que estariam por ir
"Marvin, como se chama
o medo de mudança?"
"Não se chama,
não aquece...
É uma fobia,
tão fria...
Um falso-quermesse
dentro de bolhas de medo
Cada um em sua,
só existem...
sem dar a incerteza
sequer um cortejo!"
Era bom estar em casa
"Re-cor-dar-me", pensou
e assim, sentado no velho carvalho
a noite passou
Desejou a ela um bom dia
e a Serena, ah, sorria...
Em outros cantos
daquele Planeta
Sonhos sonhavam...
ainda buscavam falsos-"cometas"
Outros sentiam
que tudo era
mera
medição
Alguns...
só sentiam,
re-cor-davam-se
Umas pinceladas
não fazem mão,
nem mal,
afinal...
"Marvin, feliz ano diferente"
"Que todos os que passaram
e que passarão,
(Até os passarinhos)
sorriam em nossos caminhos
cruzados
Em nossos dias atados...
com ataduras"
"Porque um 'Cometa'
pode passar rápido
Mas sabe...
até que dura
Se souber
pode dar voltas,
tantas voltas...
em tantas luas!"

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