quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Em-tarde-ser

Lá fora, grilos urram de alegria
Ouço suas vozes, clamam sinestesia
Gramados cortejam-me os pés
Sobre terra, o céu, tinta pros meus papéis
Debato com a brisa
Ela cora, que menina!
Estimo estímulos dissimulados
E o que passou voando fora nossa fala, bem do meu lado
Luzes movem-se de lá para cá
Mas quero estrelas!
Pra-ser em conhece-las
Podem entrar!
Esqueci-me de algo lembrado
O canto dos grilos! É claro!
Estratifico-me entre a noite e o dia
As folhas protestam por coisas distintas
Exalando odores vespertinos
Com vivacidade, de novo, meus grilos
Riachos eloquentes, esperneiam ao silencio
Cortam-lhe a garganta, de todos, o pequeno
É chegada a hora
Deixo-os assim, insaciados
Desprovidos de satisfação
Mas a todos, de bom grado
Eu daria uma canção

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