terça-feira, 1 de outubro de 2013

Fastígio

Desdizer não é não dizer
E se assim foi, teria deixado de ser
Assemelha-se ao que não foi dito
Lhe digo
Que assim fora se indo
E quem a viu passar?
"Olá, olá, olá"
Calcificou-se num sorriso
Perdido
Escrito
Em seu rosto esculpido
Já não sabe mais dizer
Canta pra não ser
A sombra dum vestígio
Era eminente
Estava impotente
E eu simplesmente
Já não tinha onde ir
Num instante, desverdade
Era som de cidade
Embalada num borrão;
Inóspito este era
Onde prosa está em queda
Abatida por cifrão
Luzes e fumaça
E o que desagrada?
A lembrança desgastada
Batendo no portão
Ergueu-se, demasiado
O inverno, passado
Era solstício de verão

Nenhum comentário:

Postar um comentário