terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Cor-rida

Grama sob pés descalços
Dedos entre-laçados
Sorrindo, lá se vão, cor-rendo entre o gado
O cenário procria-se a cada passo
Um sol vespertino acaricia-lhes a pele
Dela, olhares vívidos que cantam acaso
Dele, calma refugiada por onde esteve
Sobre suas cabeças, nuvens sorriam-lhes acenos de um teto azulado
A frente, o mistério, que com maestria tingem de afagos
Sem pressa, rodopiam
Seus olhos se fecham
Encontram o chão
Um contra o outro, seus lábios sorriem
Risos baixos, uma canção
Ela o sorri, o com-vida
Com dedos entre cachos, ele ria
"Que menina..."
A envolve de cores, espaço não sobra
Entre braços e sussurros
Ela cora...
Avistam folhas, fonte de ar
Erguem-se, correm
"Vamos lá..."
Num piscar de toques, cá estão
Grandes galhos, pastos por todos os lados
"Imensidão..."
Mãos voltam a se encontrar
Palavras são abortadas
Sol vai indo-se deixar
Por um instante, olhares se cruzam
Bocas se encontram
Pensamentos se vão
Respiram num só ritmo
Entre ser e estar...
Estão

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